quinta-feira, 14 de junho de 2012


Eles não sabem ler. E agora?

Eduardo Filho

Matéria publicada no Jornal da Tarde, 22 de maio de 2012.
Alguns especialistas chamam de “Era do Conhecimento” ou “Sociedade da informação” o mundo atual em que vivemos. Nesta sociedade contemporânea a habilidade mais básica que todo cidadão deve possuir é a proficiência em leitura. Lamentavelmente, esta habilidade básica não foi comunicada ao cidadão brasileiro médio, visto que apenas 1% dos estudantes brasileiros possuem habilidades avançadas em leitura. Em países realmente desenvolvidos, este percentual é de 15%. Outra triste constatação é o fato de 55% dos jovens brasileiros estão no nível mais baixo de proficiência em leitura. Entre os países participantes de uma avaliação internacional, o Brasil foi o país com maior percentual de jovens no nível mais baixo de habilidades em leitura. Vale ressaltar que estes dados referem-se a uma avaliação que contou apenas com jovens estudantes, na faixa de 15 anos, sem grande defasagem de ensino. Se incluirmos na análise os mais de 80 milhões de adultos que não possuem o Ensino Médio, constatamos que o Brasil possui uma nação de semiletrados, o que coloca o nosso país em grande desvantagem competitiva internacional. Muitas empresas tentam contribuir com a sociedade, mas estão tratando o problema com o remédio errado. Existem inúmeros núcleos de capacitação profissional financiados pela iniciativa privada e pelo Governo, contudo, estão tentado profissionalizar jovens que ainda não sabem ler de forma articulada. O problema da desigualdade é mais básico e não será resolvido com cursos profissionalizantes para analfabetos funcionais.
A profissionalização necessária para a maioria dos cargos disponíveis é a capacidade plena de expressão oral e escrita e de realização de cálculos básicos. Estas competências podem ser obtidas concluindo com êxito o Ensino Médio. O cumprimento desta básica etapa garante empregabilidade e livra o jovem do subemprego e demais constrangimentos sociais. No Instituto Direcionar, bons resultados estão sendo percebidos como resultado de aulas de português e oficinas de leitura. Nestas oficinas os jovens tem a oportunidade de exercitar a oralidade e melhorar sua fluência. Doutores em matemática afirmam que o português é a base para um bom desempenho nas disciplinas exatas, pois capacita no entendimento do enunciado dos problemas.
O domínio pleno da língua portuguesa obedecendo aos critérios da norma culta é o que alguns especialistas em educação chamam de “linguagem da oportunidade”. Esta definição é bastante objetiva, prática e, além disso, encerra a improdutiva discussão sociológica sobre a liberdade do jovem expressar-se com gírias ou utilizando um dialeto de suas comunidades. Independente de sua origem ou forma de falar entre amigos, o estudante deve ser preparado na escola para falar a linguagem do trabalho, dos estudos e dos negócios. É a linguagem que o jovem precisará utilizar para ser aprovado em uma entrevista de emprego e para ser bem-sucedido em uma redação no vestibular. Nossa sociedade possui um longo caminho a percorrer para realizar uma grande reforma educacional em nosso país, mas podemos avançar bem rápido se nos atentarmos para a real necessidade que temos. Nossos jovens não precisam de cursos profissionalizantes, eles precisam ser alfabetizados.

O autor, Eduardo Filho, é especialista em educação e presidente do Instituto Direciona



PROFISSÃO: PEDAGOGO


O trabalho do pedagogo extrapola os limites da sala de aula. O profissional cujo foco é a educação busca métodos que tornam a aprendizagem viável e prazerosa. "Trabalhamos na relação ensino-aprendizagem, fazendo com que o aluno aprenda e que o professor torne o aprendizado mais eficaz possível", afirma a pedagoga Liane Toggetti, coordenadora de ensino infantil e fundamental I do Colégio Rio Branco, unidade Higienópolis, de São Paulo. Para isso, o pedagogo busca as novidades nos lugares mais variados. Pode ser dentro da escola ouvindo os professores ou em outros locais, como museus, biblioteca sou em encontros com profissionais de outras escolas. Além disso, o trabalho do pedagogo não se limita apenas aos bancos da escola. Ele pode atuar em empresas de recursos humanos, editoras, órgãos do governo (estabelecendo e fiscalizando a legislação), organizações não governamentais e, ainda, na inclusão de crianças com necessidades especiais e na educação a distância. Apesar de as atribuições mais comuns serem lecionar e trabalhar na administração escolar, a área de coordenação pedagógica é a que mais absorve pedagogos.

A cargo desse setor, o profissional verifica o cumprimento de currículos escolares e zela para que eles estejam de acordo com as diretrizes educacionais obrigatórias estabelecidas pelos governos. "Atuo com o professor, organizando os conteúdos e verificando se eles estão seguindo também a metodologia aplicada na escola", afirma Liane. O profissional pode trabalhar ainda em equipes multidisciplinares, com psicopedagogos, psicólogos e fonoaudiólogos. Em algumas ocasiões também realiza projetos com os pais, visando sempre à melhoria da educação do aluno. O dia a dia costuma ser bem agitado. Na maioria das escolas, os coordenadores e os professores definem dois planejamentos. Um com metas anuais e outro com as mensais. A cada semana há reuniões para avaliar se o que foi planejado está sendo colocado em prática de maneira satisfatória. "É um trabalho contínuo. Propomos novas atividades, ouvimos o que os professores têm a dizer e assim vamos construindo o conhecimento, avalia a coordenadora do Colégio Rio Branco.

O mercado de trabalho


O campo de atuação para o pedagogo é amplo. Há oportunidades no magistério em instituições privadas e públicas, nesse último caso, sempre por meio de concursos. Há também vagas para pedagogos na gestão de escolas e de sistemas de ensino em secretarias de Educação em nível municipal e estadual. Uma frente relativamente nova, a de educação não formal, apresenta cada vez mais oportunidades de trabalho para pedagogos em associações de bairro, movimentos sociais e ONGs. Em empresas privadas, o profissional também marca presença. "Nos últimos anos, vem firmando-se a tendência de Companhias dos mais diversos perfis recorrerem ao trabalho do graduado em Pedagogia em processos como os de treinamento em recursos humanos", destaca Luzia Siqueira Vasconcelos, coordenadora do curso da PUC-Campinas. Em hospitais, a existência de brinquedotecas é obrigatória, e, portanto, o profissional pode atuar nessas instituições, auxiliando crianças doentes que enfrentam internação prolongada. Além disso, os graduados nesse curso também podem trabalhar como arte-educadores, utilizando técnicas artísticas como colagens e escultura no ensino de jovens e crianças. O trabalho dos pedagogos é ainda valorizado em editoras, que contratam os profissionais para coordenar ou acompanhar o processo de publicação de obras didáticas e paradidáticas.

O curso


O acréscimo de um ano no ensino fundamental– que passou a incluir o que antes era o último ano do ensino infantil – mexe com a estrutura dos cursos de Pedagogia. Com isso, as escolas estão tendo de rever a grade curricular do curso, porque agora elas têm, obrigatoriamente, de incluir a formação de professores para as séries iniciais, o que exige o aumento da carga horária. Ainda assim, a partir de agora, o graduado sai sem nenhuma habilitação específica. A carga maior do curso, que dura em média quatro anos, é na área de ciências humanas e sociais aplicadas. Além de metodologias específicas, você estuda a estrutura e o funcionamento do sistema de ensino, princípios e métodos de administração escolar e novas tecnologias educacionais. Para orientação educacional, há aulas de psicologia e metodologia. O currículo inclui, ainda, disciplinas optativas, que permitem ao aluno complementar sua formação em filosofia, história ou artes. Algumas instituições mantêm cursos com um foco específico, como educação infantil, educação especial e licenciatura indígena. Além disso, outras escolas oferecem cursos como comércio e administração, construção civil e eletrônica, que formam professores. O estágio é obrigatório.

O que você pode fazer


Administração escolar: Gerenciar estabelecimentos de ensino, supervisionando o uso e a manutenção das instalações, além dos recursos humanos, materiais e financeiros necessários ao funcionamento.

Ensino: Lecionar nas quatro primeiras séries do ensino fundamental. Educação especial: Desenvolver material didático e ministrar aulas para crianças e adultos portadores de deficiência mental, visual, auditiva ou que apresentem outros problemas de comunicação.

Orientação educacional: Dar assistência aos estudantes, orientando-os e ajudando-os no processo de aprendizado, com o uso de métodos pedagógicos e psicológicos.

Pedagogia empresarial: Desenvolver projetos educacionais, sociais e culturais para empresas, ONGs e outras instituições privadas.

Supervisão educacional: Orientar professores e educadores e avaliar seu trabalho, para melhorar e garantir a qualidade do ensino.

Treinamento de recursos humanos: Desenvolver programas de treinamento para os funcionários de uma empresa.

terça-feira, 5 de junho de 2012


Inscrições para o Enem

Inscrições para o Enem começam nesta segunda-feira 21 de julho de 2012
Prazo vai até 9 de julho.
Taxa de inscrição é de R$ 35.

As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano começam nesta segunda-feira (21) e vão até 9 de julho. A taxa de inscrição é de R$ 35. As provas ocorrem em 6 e 7 de novembro.
Alunos do último ano do ensino médio de escolas públicas não pagam a taxa de inscrição. Ficam isentos também inscritos que assinarem declaração de carência.As inscrições podem ser feitas exclusivamente pela internet, no site www.enem.inep.gov.br. O estudante tem de informar o próprio número de CPF. Não será aceito o documento dos pais ou responsáveis, mesmo que o estudante seja menor de idade, de acordo com o MEC.Estudantes que não têm o documento podem retirá-lo em qualquer agência dos Correios, Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal.
No caso dos menores de 16 anos, é preciso que esse pedido seja feito pelos pais ou pelo responsável legal.A nota do Enem pode ser usada pelos estudantes para ingressar em universidades públicas e particulares. No ano passado, cerca de 4 milhões de estudantes participaram do exame. A expectativa para este ano é de 4,5 milhões de inscritos, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep).
As universidades podem usar o exame como fase única, com o Sistema de Seleção Unificada (SiSU), como primeira fase do vestibular, combinado com o vestibular da instituição ou como fase única para as vagas remanescentes do vestibular.
O exame tem 180 questões de múltipla escolha e uma redação. A novidade para a edição deste ano é a inclusão de língua estrangeira. No momento da inscrição, o aluno deverá escolher entre o inglês e o espanhol.
No primeiro dia do exame (6 de novembro), as provas serão de ciências da natureza e humanas, cada uma com 45 questões. No domingo (7 de novembro), os candidatos serão avaliados em matemática e linguagens, cada uma com 45 questões, e também terão de fazer uma redação. No primeiro dia, o exame começará às 13h e acabará às 17h30. No segundo dia, os estudantes terão uma hora a mais e a prova terminará às 18h30.
A elaboração da prova será feita por consórcio entre o Cespe e o Cesgranrio, segundo o Ministério da Educação (MEC), como foi feito no ano passado, em caráter de urgência, após o vazamento da primeira prova, elaborada pelo consórcio Connasel. Segundo o Inep, as Forças Armadas, as forças policiais federais e estaduais atuarão na segurança do exame. Os Correios ficarão responsáveis pela distribuição.
Fonte:http://g1.globo.com/









                           A História do Lápis
O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura perguntou:

-Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco
e, por acaso, é uma história sobre mim?
A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
-Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.

O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial. E disse:

-Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
No entanto, a avó respondeu:

- Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo: 
'Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Essa mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade.

Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor.

' 'Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.

" Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.

' 'Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida, irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação.'

Autor Desconhecido